segunda-feira, 27 de julho de 2009

GRUPO PAULISTA DE TEATRO DE RUA TROUXE COMÉDIA FRANCESA PARA ALEGRAR ÁGUAS

Público compareceu e aprovou comédia da Cia. Buraco d'Oráculo

A tarde do sábado (18) foi de comédia numa das plataformas da Avenida Carlos Mauro em Águas de São Pedro (SP). Fechando um dos acessos da avenida, o palco ficou por conta de cadeiras dispostas na rua, e por uma série de banners de tecido coloridos que o grupo espalhou pela plataforma.

Era o Buraco d´Oráculo que trouxe a peça “A Farsa do Bom Enganador”. Com instrumentos de banda, figurinos engraçados e maquiagem branca, o grupo começou andando pela rua e tocando músicas, para chamar a atenção do público.

Depois se posicionou no palco definido, e começou a contar a história, cheia de trocas de figurinos, músicas, no melhor estilo do teatro de rua e do exagero.

A peça é uma sátira a duas classes em ascensão na França do século XV, a dos comerciantes e a dos magistrados e narra a história do Doutor Calafanje um advogado empobrecido, mestre na arte de enganar, que, com a ajuda de sua esposa, Dona Nuculosa, consegue ludibriar um feirante, Senhor Salabaeto, surrupiando-lhe uma peça de tecido.

Cia. Buraco d’Oráculo

Criado em 1998, o Buraco d’Oráculo veio com o intuito de criar uma discussão sobre o homem contemporâneo e seus problemas. Este é o motivo pela opção feita ao teatro de rua, o que na visão do grupo é o modo mais efetivo de compartilhar com o público reflexões e afetividade.

O trabalho do grupo é calcado em três pontos fundamentais. Primeiro, a rua, como espaço para promover o encontro direto com o publico. Depois, visualizar a cultura popular como fonte geradora de inspiração e motivação. O terceiro ponto é a comicidade.

Os espetáculos do grupo são protagonizados por estereótipos que estão à margem da sociedade, como charlatões, vendedores ambulantes, pedintes, entre outros. Desde sua formação até o presente momento, o grupo paulistano montou sete espetáculos, e todos buscam manter essas propostas, marcas registradas da “Cia. Buraco d’Oráculo”.
Texto: Stevan Lekitsch / Foto: Elizabeth Aranha

sexta-feira, 24 de julho de 2009

PEÇA COM PROPOSTA ALTERNATIVA “INCOMODOU” A PLATÉIA DA MOSTRA DE TEATRO

Após a apresentação, grupo debate com a platéia assuntos relacionados ao teatro

Incomodar. Essa era a proposta do grupo são-pedrense Cia. Pró-Cênica. O público, que aguardava no interior do Museu Gustavo Teixeira na noite da sexta-feira (17) para assistir a última peça do dia, que tinha início às 22 horas, foi convidado a visitar o núcleo do problema.


Sem saber o que aguardavam, as cerca de 100 pessoas desceram as escadas e foram para uma parte do pátio do Museu, onde, parte conseguiu se acomodar em bancos e outros foram convidados a sentarem-se no chão, sobre tapetes e almofadas, afinal, a proposta da peça “Invisíveis” é exatamente essa: causar incômodo.

Com texto escrito pelo próprio grupo, e direção de Barbosa Neto, a peça apresenta (em vários cantos do espaço, no mesmo patamar do público) um encontro com figuras marginalizadas que proporciona uma troca de experiência sobre assuntos e sentimentos comuns a todos. Os “invisíveis” do título são as prostitutas, os travestis, os mendigos, catadores de latas, as donas-de-casa, os meninos de rua, seres existentes, mas invisíveis para a sociedade.


A peça apresentou um pouco do cotidiano desses personagens. Seus medos, suas angústias, seus sonhos, seu dia-a-dia, seus amores e esperanças.

Debate

Após o espetáculo, os espectadores foram convidados a irem para o auditório do Museu Gustavo Teixeira para participarem de um debate, com o elenco da peça, o diretor, e especialistas de diversas áreas.

Participaram do debate a Psicanalista Celia Gevartoski, especialista em cognitivismo e psicanálise comportamental; o Presidente da ONG Casvi (Centro de Apoio e Valorização da Vida), Anselmo Figueiredo, ONG especializada em minorias, além de ser ator, educador e jornalista; o dramaturgo André Albino, autor de teatro e Mestre em Letras; Inês Ferreira, assistente social e coordenadora da Pastoral da Criança de São Pedro; além do Diretor Barbosa Neto e os atores do espetáculo.

O debate foi tão bom e rico em informações, que ninguém deixou o Museu antes da 1 hora da manhã. Apesar do dia cheio de atrações, o público quis aproveitar até o último minuto do quinto dia da Mostra.

Cia Pro-Cênica

O grupo foi formado a partir do Curso Livre de Teatro da Prefeitura Municipal de São Pedro, tendo no espetáculo “Invisíveis” sua primeira montagem teatral com atores iniciantes da cidade. Uma das características do elenco é abrir um debate sempre após a apresentação do espetáculo.

Texto e fotos: Stevan Lekitsch

GRUPO DE SANTOS EMOCIONOU COM POESIAS DE PATATIVA

Elenco representou obras de Patativa esbanjando humor

A peça iniciou-se de forma divertida na parte externa do Museu Gustavo Teixeira, em São Pedro (SP). Enquanto o público esperava fora do portão, uma cangaceira e seu marido foram até a escada de acesso para dar algumas instruções sobre a peça, em forma rimada e cantada, incluindo o pedido de desligarem o celular.
Após esse prólogo, a platéia foi convidada a atravessar o interior do Museu, e ir até o pátio, onde o palco e cerca de 150 cadeiras esperavam por eles, já no clima da peça.

Com um cenário e iluminação fortes, em tons de barro e amarelo, o Grupo Teatro do Pé, de Santos (SP), contou a vida de uma família nordestina mesclando com os poemas, músicas e um apanhado da obra de um dos mais importantes representantes da cultura popular brasileira, o poeta e cantador de Patativa do Assaré.

Cenário foi construído com muita criatividade

A peça começou de forma criativa com a apresentação de fantoches num teatro que era realizado na janela da casa principal, feita de barro. Contou-se o início da família, como o casal se conheceu, e após, o nascimento de sua filha.

Após, o primeiro ator entra em cena, o pai da família, e se encaminhando até um altar de madeira e velas, conta a morte de sua filha de 6 anos, onde, no altar, guarda seu último vestido.

A peça teve momentos trágicos, mas também divertidos, como a disputa das madeiras de uma cerca por dois vizinhos. Com atuações magistrais, intercaladas por números musicais, também cantados pelos próprios atores, a peça emocionou a platéia de mais de 200 pessoas, que encararam o frio para sentarem-se na parte externa do Museu Gustavo Teixeira.

Teatro do Pé

O Teatro do Pé é um Grupo de Santos (SP) é composto por quatro atores, um diretor, uma coreógrafa, um dramaturgo e um diretor musical. Interessados em resgatar, preservar e divulgar a cultura popular brasileira o grupo reuniu seus conhecimentos para estudar, discutir e experimentar toda riqueza contida nas obras do povo brasileiro, além de promover uma reflexão crítica da sociedade e suas instituições, fomentando o debate sobre a realidade social brasileira.

Trabalhando cerca de 20 horas semanais, o grupo se dedica a estudos teóricos e práticos sobre a arte da interpretação, preparação vocal, dança, treinamento corporal, aperfeiçoamento musical (voz e instrumentos) e teatro de animação.


O Teatro do Pé tem como objetivo disseminar o conhecimento adquirido em suas pesquisas através de cursos, palestras, debates e workshops, contribuindo para o desenvolvimento artístico e cultural da sociedade e possibilitando a criação de núcleos de trabalho comprometidos com as transformações sociais.

Texto e fotos: Stevan Lekitsch

DRAMATURGO CONTOU HISTÓRIA DO TEATRO DESDE A GRÉCIA ATÉ OS DIAS ATUAIS ATRAVÉS DE SEUS AUTORES

André Albino relembra a história através de seus personagens
Na tarde do dia 17 (sexta-feira), o dramaturgo, ator e Mestre em Letras, André Albino, ofereceu aos participantes da Mostra a palestra “Trilhas do Teatro no Ocidente”. Com muitas ilustrações, fotos, desenhos, André foi discorrendo sobre a história do teatro através dos seus autores mais famosos.
Começou lá na Grécia, em meados do século VI, passando pelo teatro italiano, e chegando até os dias de hoje, perpassando alguns pontos históricos fundamentais, como a tragédia antiga, os milagres medievais, a Commedia Dell’ Arte e o teatro realista.

A proposta foi fazer do evento uma espécie de bate-papo leve, com a finalidade de dar aos iniciantes no universo teatral alguns subsídios para o aprofundamento no tema.
Com uma riqueza de informações, imagens e curiosidades, André manteve a platéia de cerca de 50 pessoas completamente atenta, e interessada no assunto, por mais de uma hora e meia.

André Albino
Além de ator, e autor, André Albino é dramaturgo e Mestre em Letras pela UNICAMP.
Texto e foto: Stevan Lekitsch

quinta-feira, 23 de julho de 2009

DISPUTA ENTRE PALHAÇOS DO GRUPO PAVANELLI REUNIU DEZENAS DE PESSOAS NO CHAFARIZ DE ÁGUAS DE SÃO PEDRO

A tarde ensolarada atraiu muita gente para a Praça principal da Avenida Carlos Mauro, onde fica o chafariz de Águas de São Pedro. Com cadeiras dispostas em forma de meia lua, cerca de 150 lugares, turistas, moradores e visitantes começaram a ocupar seus lugares para assistirem a peça “Pinta de Palhaço”, do Grupo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo de São Paulo (SP).

Com um grupo de 9 atores, os grupo ocupou o espaço da praça por entre as águas com dois gigantes em pernas de pau, uma Nega Maluca, uma banda com integrantes palhaços, e o trio que são os protagonistas: a Palhaça Tulipa, e os Palhaços Orelhinha e Porpeta.
O enredo se baseia numa disputa dos dois palhaços para saber qual é o mais inteligente e o mais esperto, e a Palhaça Tulipa é a juíza. Com números engraçados, brincadeiras com a platéia, muita música e números circenses, eles tiraram boas gargalhadas do público em quase 2 horas de apresentação numa lona colocada no chão em frente ao coreto.
O grande destaque ficou por conta dos impressionantes números de malabarismos, feitos com bolas (de 2 até com 5), argolas, espadas, e com claves (que parecem pinos de boliche), onde eles se entrelaçavam, alternavam as mãos, um atrapalhava o outro sem derrubarem nenhum deles.

Grupo Pavanelli

Com 10 anos de existência, o Grupo Pavanelli, que possui esse nome por ter vários integrantes da mesma família de sobrenome Pavanelli, especializou-se em unir a magia do circo com o teatro de rua.

O grupo tem como foco a pesquisa sobre o Circo no Brasil e no mundo, e o aprimoramento de técnicas circenses, como acrobacia, laço, chicote, perna de pau, pirofagia, monociclo e malabares com claves, bolinhas e aros. Iniciamos uma pesquisa teórica sobre o circo no Brasil e no mundo e assistíamos os espetáculos dos circos que estavam em cartaz em São Paulo. Em sua rotina também incluem jogos teatrais de improvisação e interpretação, aulas de ioga, preparação vocal, corporal e percussão.

Com uma dezena de peças, e tendo participado de projetos municipais e estaduais em São Paulo, o grupo já foi muito premiado por seu trabalho de pesquisa e por ter realizado a divulgação e a fomentação do ensino da arte circense em bairros da periferia, e em cidades do interior e do litoral.
Texto: Stevan Lekitsch e Leonardo Moniz

quarta-feira, 22 de julho de 2009

ADAPTAÇÃO DA OBRA DE SHAKESPEARE MARAVILHOU O PÚBLICO DE SÃO PEDRO

Maravilhados. Essa era a expressão da platéia que se levantou do Cine-Teatro São Pedro ao término do clássico de William Shakespeare “Sonho de Uma Noite de Verão”, trazida para a Mostra de Teatro de São Pedro e Águas Em Cena, pelo Grupo Núcleo N3.

A peça

A peça iniciou na parte externa do Cine-Teatro, ainda no saguão do shopping, onde uma das atrizes, vestida como operária, convocava os demais operários para fazerem uma peça de teatro para o Duque e a Duquesa que iriam se casar dias depois. Cercados de sucatas, os operários, que na verdade são recicladores de lixo, vão começar os ensaios, e decidem fazer isso na Floresta Encantada perto do Palácio. A floresta foi devastada e transformada num imenso desmanche. Uma das poucas formas vivas no local é uma flor, que possui poderes mágicos.

Enquanto isso, na mesma floresta, dois casais de namorados estão discutindo suas relações: Helena e Demétrio, Hérmia e Lisandro. Moram também no local os poderosos Oberon e Titânia, que tomam conta da floresta. Ao se desentenderem, Oberon manda que Puck se vingue de Titânia pingando em seus olhos o líquido da flor mágica, além de pingar também nos olhos de um dos integrantes dos casais em crise. O líquido faz com que a pessoa se apaixone pela primeira pessoa que ver pela frente.
Espetáculo foi um dos mais aplaudidos de toda a Mostra
Puck faz uma confusão e acaba pingando o líquido nos olhos da pessoa errada, causando uma bagunça ainda maior entre os casais da floresta. Após idas e vindas, tudo se resolve, e os recicladores de sucata conseguem fazer o seu teatro de bonecos, com o auxílio da Fada e de Puck.
A adaptação

O que mais encantou a platéia, tanto os leigos quanto os que trabalham com teatro, foi a criatividade da produção. Uma estrutura de ferro sustentava todos os cenários, feitos de sucatas, pneus, pedaços de carros. Ela também permitia que Puck, o elfo, se pendurasse através de cabos, e ficasse de ponta-cabeça e em várias outras posições.



Detalhes, como os figurinos, fizeram a diferença na apresentação

Os figurinos, alguns convencionais, mas cheios de máscaras e brilhos, outros feitos com pedaços de roupas, esbanjaram criatividade. Alguns eram desproporcionais e bizarros, como as entidades que eles representavam. Outros feitos de sucatas.

Os adereços, também de sucatas, misturavam elementos antigos com modernos. Os lampiões eram de leds, em contra-ponto com a época da peça.

O texto, fiel ao original de Shakespeare, era trazido para uma contemporaneidade que agradou a adultos e aos muitos jovens que estavam na platéia. Aliados a esse preciosismo plástico. O resultado foi 5 minutos de aplausos eufóricos no final da peça, uma das melhores da Mostra.

Núcleo N3

Encenada pelo Núcleo N3, que possui este nome por ser formado por 3 companhias de teatro: o Teatro de La Plaza, Teatro Por Um Triz e Cia. Patética, todas elas com vasta experiência em teatro infantil e de bonecos. A peça foi criada a partir da pesquisa das linguagens da Commedia Dell’ Arte e do Teatro de Animação. A montagem é voltada para toda a família e tem direção de Héctor López Girondo.

Trata-se de uma ousada encenação com 10 artistas sobre o palco e uma enorme estrutura cenográfica, com mais de 30 figurinos, máscaras e bonecos de distintas técnicas. A montagem foi viabilizada graças ao Prêmio de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo que o N3 ganhou no ano passado.
Texto e fotos: Stevan Lekitsch, Eduardo Castelar e Leonardo Moniz

OFICINA DE DRAMATURGIA ANIMOU OS FUTUROS ESCRITORES DE SÃO PEDRO

O Museu Gustavo Teixeira, em São Pedro (SP), foi sede da oficina “Dramaturgia”, conferida pelo jornalista e dramaturgo Stevan Lekitsch, durante as atividades da 1ª Mostra de Teatro São Pedro e Águas de São Pedro “Em Cena”.

Diretor, produtor e autor de mais de 10 peças teatrais, sobre diversos tipos de temas, Stevan passou ao público toda sua experiência como escritor, e ensinou a todos técnicas eficazes de como escrever uma boa peça de teatro.
Oficina serviu como motivação para o público

A oficina, que contou com a presença de cerca de 30 pessoas, foi conduzida de modo interativo. Na primeira parte, Stevan lançou uma pergunta ao público. “Vocês se acham capazes de escrever uma peça de teatro?”. A resposta não foi unânime, o que incentivou o palestrante a explicar que características como disciplina, empenho, regularidade e criatividade eram fundamentais para se tornar um bom escritor. Em seguida, deu a premissa básica para se criar uma boa história, que ficou somente no bloco e na cabeça dos presentes.

A partir dessa premissa, era possível criar qualquer tipo de texto teatral, seja comédia, drama, biografia, monólogo, e todos os outros. Depois, usando as regras que aplicou, e com a ajuda da platéia, Stevan começou a construir um personagem e uma história, para exemplificar os conceitos que havia passado. Os expectadores assistiram atentos a palestra e anotaram cada item, aplaudindo bastante no final.

Stevan Lekitsch

Stevan Lekitsch é escritor, dramaturgo e jornalista, com formação em Comunicação Social pela FAAP (SP). Além disso, é professor, autor, diretor e produtor de teatro. Atualmente é diretor da Máquina de Comunicação, empresa especializada em sites, treinamentos e comunicação com a imprensa. Nas horas vagas, se é que elas realmente existem, Stevan escreve textos, novelas, livros, entre outros, geralmente em torno da comunicação.
Texto: Leonardo Moniz/Foto: Rafael Briense

segunda-feira, 20 de julho de 2009

CIA SÃO JORGE E VARIEDADES ENCANTA ÁGUAS DE SÃO PEDRO

Poucas vezes em sua curta história a cidade de Águas de São Pedro (SP) contagiou-se de tanta cultura quanto na tarde desta quinta-feira, dia 16 de julho de 2009. Na Avenida Carlos Mauro, apresentou-se o grupo paulistano Cia. São Jorge de Variedades com a peça “O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado”.

Formado por 20 atores, o espetáculo narra um encontro entre Don Quixote de La Mancha e seu fiel escudeiro Sancho Pança com a cidade de São Paulo (SP). Durante a exibição, aberta ao público, muitas músicas e sátiras sobre a atual condição de vida da capital paulista.

As roupas do grupo eram todas coloridas, todo o figurino dos atores era feito de retalhos, com pedaços de tecidos em azul e vermelho. Outra novidade que surpreendia também era o fato de que os figurinos se abriam, criavam outras formas, apresentavam asas e se transformavam o tempo todo.


A peça é uma crítica inteligente de problemas políticos de São Paulo

Os adereços também eram em azul e vermelho. Sucatas também entravam no contexto. Um cabo de vassoura e aros de bicicleta, por exemplo, transformavam-se na armadura de Dom Quixote.

Outro destaque ficou por conta do público. Numa demonstração de carinho, os atores interagiram com os espectadores e chamaram para participar da peça um senhor e duas crianças. “Sempre há esta interação com o público”, disse o diretor da peça, Rogério Tarifa. A habilidade dos atores para andar em pernas de pau encantou as crianças. Ao final da peça, em ritmo de festa, uma grande ciranda envolveu atores e público e contagiou os presentes.



Muitos que caminhavam pelo local pararam para acompanharam

De acordo com integrantes do grupo, a peça tem em média 600 espectadores quando apresenta nas ruas de São Paulo. Em Águas de São Pedro, cerca de 250 pessoas conferiram o espetáculo.

Cia. São Jorge de Variedades

O grupo surgiu em 1998 a partir do encontro de artistas saídos da Escola de Arte Dramática e da Escola de Comunicações e Artes / USP. Em 2009, a Cia. completou onze anos de existência. Nesse período, sua intensa atuação na área teatral lhe valeu a admiração e o reconhecimento do público em São Paulo e em todo o país.

Texto e fotos: Leonardo Moniz

sexta-feira, 17 de julho de 2009

“SOBRE VIVÊNCIAS” TROUXE REFLEXÃO E DEBATE COM A PLATÉIA

A noite de quarta-feira (15), apesar de muito fria, não espantou os espectadores da 1ª Mostra de Teatro São Pedro e Águas de São Pedro Em Cena. Após a peça “Ninguém tem Medo de Dora Izadora” ser exibida no Cine-Teatro de São Pedro, e a peça “O Ferreiro e a Morte” ser exibida no Centro de Eventos em Águas, todos correram para pegarem seus lugares (cerca de 150) na parte externa do Museu Gustavo Teixeira, onde seria apresentada a peça “Sobre Vivências”, do Grupo Teatral Tá Lento de Americana (SP).

Versando sobre modos de vida, e de se ganhar dinheiro, em contraponto com o que se quer fazer realmente como trabalho, a peça discutia a vida de 3 personagens: um músico, um ator e um jovem. Os 3 tinham o seu trabalho para “ganhar dinheiro”, e o que gostava de fazer realmente da vida, tendo que equilibrar os dois pratos da balança.
Sobre Vivências: teatro alternativo para o público

Questionamentos sobre a função do dinheiro, política, drogas, e marginalidade também povoaram a peça, que tinha muitos jogos de luzes, e concepção minimalista.

Barbosa Neto deu início ao debate

No final, os atores, o autor e a diretora Juliana Gobbo sentaram-se no palco para discutirem com a platéia, que permaneceu mesmo apesar do horário, para comentar sobre a peça e sobre o grupo.

Os integrante do Nutesp (Núcleo de Teatro de São Pedro) fizeram muitas perguntas, e ficaram interessados com a história do grupo na cidade de Americana que não difere muito da realidade dos grupos teatrais de outras cidades do interior, incluindo a de São Pedro.

Tá Lento

Fundado em 15 de março de 1995, o Grupo Teatral Tá Lento é o segundo grupo mais antigo da cidade de Americana (SP). Com histórico de formação de atores, diretores e dramaturgos, voltados essencialmente para a arte e a cultura, o GTT, como é conhecido, realiza pesquisas nas diferentes vertentes teatrais.

A comédia, o drama, a tragédia, o teatro de rua, o teatro experimental e o teatro popular compõem o repertório do grupo. O GTT busca através de seus trabalhos encontrar o novo sem perder as suas raízes. Para seus organizadores, a essência do trabalho está no respeito à qualidade e a estética.

Texto: Stevan Lekitsch

COMÉDIA “NINGUÉM TEM MEDO DE DORA IZADORA” TIROU GARGALHADAS DO PÚBLICO

Dora Izadora: sucesso a qualquer custo causa muitos risos

A noite de quarta-feira (15) foi de muitas gargalhadas, para quem compareceu ao Cine-Teatro São Pedro para assistir a peça “Ninguém Tem Medo de Dora Izadora”, peça integrante do terceiro dia da 1ª Mostra de Teatro de São Pedro e Águas de São Pedro Em Cena.
Com um elenco de 4 atores, com um deles fazendo vários papéis, a peça contava os bastidores e a vida de dois protagonistas de uma novela feita por um canal pobre de televisão, chamada “Água Morna” de péssima qualidade. Da mesma forma, seus protagonistas Dora Izadora e Mauro Maurício são dois canastrões, que são um par romântico dentro e fora das telas.

Grupo era formado por apenas quatro integrantes


Acompanhando a atriz, que quer a todo custo ficar famosa, está sua fiel empregada, Neusa, que fez o público dar muitas gargalhadas, com seu sotaque nordestino e seus erros de português. Dora Izadora também fez o público rir, com sua falta de entendimento no melhor estilo “Magda” (do Sai de Baixo), com tiradas hilárias.

Poucos da platéia reconheceram o personagem de Mauro Maurício, que era interpretado por Rogério Dragone. A saber, Rogério participou da quarta edição do Big Brother Brasil, sendo conhecido como “o coveiro”, por ter trabalhado num cemitério por muito tempo. Mauro Maurício faz um galã nas telas, mas fora delas é corcunda, desajeitado e usa uns óculos de fundo de garrafa.

Com muitas trapalhadas e piadas, além de algumas cenas exageradamente provocantes, no melhor estilo mexicano, a platéia, que também interagiu com os atores, saiu satisfeita de tanto rir com mais esse espetáculo da Mostra.

Athitude Em Cena

A Companhia Athitude Em Cena surgiu da fusão de atores veteranos, com larga experiência no teatro, que vieram de grupos como Os Satyros, Companhia Circuito de Comédia e Dragão 7, entre outros.

O objetivo do grupo é aprofundar os estudos e técnicas da arte de representar, o trabalho da equipe está focado no cotidiano e em suas mais diversas facetas, através dos dramas, tragédias, comédias e farsas.

“Ninguém Tem Medo de Dora Izadora” marca o início desta companhia que pretende acrescentar ao cenário teatral um estilo próprio.
Texto e fotos: Stevan Lekitsch

PEÇA “O FERREIRO E A MORTE” ALEGROU A QUARTA-FEIRA DE ÁGUAS DE SÃO PEDRO

Integrantes do Grupo CETA contagiram os espectadores

A Cia. Estável de Teatro Amador (CETA) da cidade de Piracicaba (SP) apresentou na noite desta quarta-feira (15) a fábula medieval “O Ferreiro e a Morte”, no Centro de Eventos da cidade de Águas de São Pedro (SP) abrindo o terceiro dia da 1ª Mostra de Teatro São Pedro e Águas de São Pedro “Em Cena”.
A peça é dirigida por João Scarpa e Ricardo Araújo. Contou a história do ferreiro Miséria e trouxe em seu contexto figuras como São Pedro (coincidentemente), Jesus Cristo e também o Diabo.

Sobre o espetáculo escolhido João citou dois motivos: “A produção dessa peça é mais simples, portanto mais fácil de ser transportada e montada. O segundo motivo é que a apresentação é um treinamento para nossos atores, pois trabalha muito a parte da voz e gesticulação deles.” Momentos antes do início da peça o diretor esperava contribuir com o evento e divertir o bom público que foi até o Centro de Eventos e lotou as cadeiras.

O espetáculo conta com oito integrantes e com uma produção simples, e de texto divertido e irônico. A peça prendeu a atenção de crianças e adultos da platéia. As crianças, todas sentadas no chão, ficaram com os olhos brilhando e os sorrisos sempre nos rostos.

Amanda Rodrigues Salles dizia empolgada: “Quero ser a governadora pra usar esse vestido de princesa.” Referindo-se a personagem Pobreza, irmã de Miséria, que havia se casado com o Governador e mudado de vida. O Diabo assustou a platéia com estalinhos jogados ao chão e efeitos sonoros na hora de sua aparição. Este havia ido ao encontro de Jesus Cristo para resolver a confusão que Miséria havia armado quando prendeu a Morte em um banquinho.

Terminado a peça, aplausos em pé e satisfação no rosto de platéia e atores. A atriz Amarílis que interpretou a irmã de Miséria disse: “Fomos muito bem recebidos aqui em Águas e adoramos apresentar a peça para esse público. Foi uma ótima descontração para a estréia de nossa próxima atração”.

A saber, a Cia. CETA apresentará nos dias 1 e 2 de agosto às 20h00 no Teatro Dr. Losso Neto, em Piracicaba, a peça “Beira Rio” que conta um pouco a história da cidade.

CETA

Criada em 1991, a Cia. Estável de Teatro Amador (CETA), tem à frente da direção artística, Reinaldo Santiago e Marcilia Rosário fundadores do Departamento de Artes Cênicas da Unicamp de 1991 a 2000. Foram os responsáveis pela direção de 19 montagens, entre elas "1492 ­ América", "O Pastelão e a Torta", "O Casamento Forçado", "Édipo Rei", "Viva Brecht!", "Morte e Vida Severina", "Aquarela do Brasil", "Vera Cruz Brasil... Primeiros Tempos", que juntas acumulam 67 prêmios e indicações nos mais importantes festivais de teatro do país.

Atualmente a CETA é dirigida por Ricardo Araujo e João Scarpa, que iniciaram seus trabalhos em abril de 2008. São responsáveis pela Montagem de espetáculo o “Ferreiro e a Morte", e exercícios cênicos ”Recortes” e “As Canções Que Você Fez Para Mim”.
Texto e fotos: Eduardo Castelar

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CIA TRUKS FEZ A PLATÉIA DE SÃO PEDRO VOLTAR PARA A INFÂNCIA

Encantamento. Essa era a expressão de toda a platéia, desde crianças aos seus pais, que deixava o Cine-Teatro São Pedro na noite de ontem, 14, ao final da apresentação do Grupo Teatral Cia. Truks de Teatro de Bonecos, de São Paulo, que trouxe a peça “Os Vizinhos”.

Com efeitos especiais de projeções, iluminação, fogos de artifício, e a magia de seus bonecos, a Cia deixou todos boquiabertos e com vontade de serem crianças novamente. “Adorei a peça tanto quanto meus filhos”, comentou o advogado Cristiano de Carvalho Pinto, que levou o casal de filhos para assistir.

Teatro de bonecos foi novidade que encantou a platéia

Barbosa Neto, Assessor Técnico da Mostra, e também integrante da platéia, sentou-se no chão do teatro lotado, e gargalhava a cada uma das peripécias dos moradores dos reinos azuis e amarelos, que discutiam o futuro de seus reinos, um sem água, e outro sem comida.
Os bonecos, feitos com tudo o que é tipo de sucata, como latas, pincéis, molas, e outros utensílios de pintura, contavam a história dos reinos Amarelo e Azul, o primeiro que não tinha água, e o segundo que não tinha comida. Para tentar resolver, os mensageiros atravessavam uma montanha, para ir pedir ajuda do outro lado. A história, era contada por uma avó a sua netinha, que havia ficado preocupada por não ter emprestado lápis de cores a sua amiga e vizinha.

O sincronismo dos atores no palco é marca registrada do elenco

Com referências a guerras entre países, que também era uma probabilidade entre os dois reinos, a menina resolve mudar o final da história, tornando os dois reinos amigos.

Cia. Truks

A Cia. Truks Teatro de Bonecos foi criada em 1990 e desde então apresenta seus espetáculos de repertório em teatros, escolas, instituições ou espaços alternativos do Brasil e do exterior. Paralelamente, ministra oficinas sobre técnicas de animação de bonecos, objetos e figuras, além de cursos sobre a dramaturgia específica para o Teatro de Animação.
Tem mais de 5.000 apresentações já realizadas, entre 21 diferentes montagens teatrais, e mais de uma dezena de prêmios recebidos. Uma curiosidade é que seu trabalho e pesquisa cênica tem uma característica singular, ao desenvolver uma técnica de animação de bonecos em que três atores, simultaneamente, animam o mesmo boneco, conferindo-lhe movimentos humanos precisos.
Texto e fotos: Stevan Lekitsch

“A NOIVA DO DEFUNTO” FEZ CHORAR DE TANTO RIR

Esbanjando alegria. Foi assim que os mais de 250 espectadores saíram na noite desta terça-feira, dia 14 de julho, do Centro de Eventos, na cidade de Águas de São Pedro (SP). A apresentação da peça “A Noiva do Defunto”, do grupo de teatro piracicabano Andaime, marcou o encerramento do segundo dia da 1ª Mostra de Teatro São Pedro e Águas de São Pedro “Em Cena”. Foi a primeira das atividades na cidade de Águas de São Pedro.

Público compareceu em peso ao Centro de Eventos

Com casa cheia, os atores trataram de logo preparar a platéia para uma noite de risos. “Somos patrocinados pela Caterpillar. Se alguém for comprar um tratorzinho, fala que viu a gente e pede um desconto”, brincou Bruno Agulhari, integrante do elenco.

O espetáculo narra a história de uma família envolvida no casamento entre a filha e seu noivo, que na verdade já estava morto. A confusão começa quando todos da casa confundem o morto com seu primo, que na verdade fora avisar sobre o falecimento do primeiro, pois os dois são muito parecidos.

O elenco, composto por 6 jovens atores, não cansou de interagir com a platéia. “Muito bacana a idéia da peça. É uma comédia sadia e ao mesmo tempo inteligente”, comentou o estudante Michel Augusto, presente no espetáculo.

A peça, dirigida por Antonio Chapéu, é na verdade uma comédia portuguesa de domínio público que estreou em 2006. O texto foi gentilmente cedido ao grupo pela família do Circo Piranha, através de Luís Jóia Ramos, conhecido como o palhaço Serelepe. A encenação é um misto de farsa e melodrama.

Andaime


O Grupo de Teatro Andaime: sorriso garantido

O Grupo Andaime de Teatro da UNIMEP foi fundado em março de 1986 e desde então vem se consolidando como importante produtor cultural do interior paulista. Em 22 anos de história teve dez peças encenadas, num total de mais de 280 apresentações em quase uma centena de cidades brasileiras de seis Estados diferentes, atingindo um publico superior a 75 mil espectadores.

Com um trabalho reconhecido pelo público e pela crítica, o grupo recebeu 95 prêmios em vários Festivais, destacando-se 13 prêmios de melhor espetáculo em Festivais Nacionais de Teatro dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

A participação do grupo durante a 1ª Mostra de Teatro São Pedro e Águas de São Pedro "Em Cena" orgulho o elenco. Os atores Charles Mariano e Bruno Agulhari falaram com exclusividade à reportagem deste blog sobre a expectativa do Andaime:


Texto, fotos e vídeo: Leonardo Moniz

OFICINA DE FATIMA MONIS RESSALTOU A EXPRESSÃO CORPORAL E SUA UTILIZAÇÃO NO OFÍCIO DE ATUAR

Cerca de 30 alunos de teatro, compareceram na tarde da última terça-feira para participar da oficina “Partitura Corporal” comandada pela professora teatral Fátima Monis, Orientadora de Artes Cênicas do Núcleo de Artes Cênicas do Sesi Piracicaba.
Fátima Monis deu dicas de como educar o corpo
A oficina, que teve duas partes, uma prática e outra teórica, explorou bastante a expressão corporal dos participantes. Fátima fez exercícios que abusaram da criatividade, onde os participantes tinham que se imaginar sendo objetos, animais, explorar o espaço, virarem estátuas, transformarem-se em pessoas pequenas, e pessoas grandes. Fátima também fez brincadeiras lúdicas com bolinhas, e ensinou exercícios e técnicas de alongamento e relaxamento.

Após muitos exercícios corporais divertidíssimos, Fátima convidou a todos a fazerem uma roda, onde ela comentou sobre os vários tipos de teatro que se utilizam do corpo. O teatro-dança, onde citou o ícone Pina Bausch, falecida recentemente, e as técnicas de teatro oriental, como o teatro Kabuki, Noh, Butô, todos tipos de teatro que exploram muito a expressão facial e corporal, ao contrário do teatro ocidental que é muito calcado na fala.

Troca de experiências: teatro é palco para todas as idades


Fátima Monis
A profissional Fátima Monis, 42 anos, tem um currículo extenso em trabalhos com o teatro e o corpo. Formada em Magistério e Jornalismo pela UNIMEP (Piracicaba), e em Artes Cênicas pela UNICAMP, é Pós-Graduada em Educação Física.
Como professora de cursos e oficinas de teatro, Fátima é orientadora de Artes Cênicas do Núcleo de Artes Cênicas do Sesi de Piracicaba, foi coordenadora e professora das oficinas para os participantes da Paixão de Cristo de Piracicaba por 4 anos, já aplicou oficinas de teatro para crianças, adultos e para idosos do Lar dos Velhinhos de Campinas, foi professora de História do Teatro e Expressão Corporal no Curso Técnico de Atores do SENAC de Piracicaba, entre outras muitas oficinas e funções.

Texto e fotos: Stevan Lekitsch

terça-feira, 14 de julho de 2009

APRESENTAÇÃO DA PEÇA “JOÃO PACÍFICO” EMOCIONA PÚBLICO DE SÃO PEDRO

História de vida: obra de Jão Pacífico comove pela simplicidade


Com cerca de 20 pessoas no palco, sendo 18 atores e dois músicos, o Grupo Pingo D´Àgua, da cidade de Cordeirópolis (SP), entrou em cena retratando várias fases da vida de João Pacífico. Começou quando ele ainda trabalhava de garçom em um trem, e conheceu um importante escritor, que o indicou para uma gravadora de discos.

Com cenas marcantes, projeções em vídeo, e vários Joãos Pacíficos em cena simultaneamente, em alguns momentos com a parceria inseparável de Raul Torres, o grupo desfilou mais de 20 canções do repertório do compositor, com um coro masculino e feminino afinadíssimo, que cantou com maestria as músicas, em jograis e contra-cantos.

A platéia lotada assistia estarrecida, lembrando de canções famosas, e em certos momentos até cantando as músicas. O primeiro ato encerrava-se com Pacífico já envelhecendo, e todos tiveram 10 minutos para recuperar o fôlego.

No segundo ato, João Pacífico volta com o falecimento de sua esposa amada, Deda, ao mesmo tempo em que entra em conflitos com o filho Tuca e é adorado pela neta Ana Carolina. Os seus últimos momentos e lembranças são reunidos numa entrevista em que dá num programa de auditório. A peça encerrou, após pouco mais de 2 horas, com o grupo todo no palco, cantando a música Saudade.
Texto e fotos: Stevan Lekitsch

PRIMEIRO DIA DA MOSTRA TEM PLATÉIA LOTADA

O primeiro dia da 1ª Mostra de Teatro São Pedro e Águas de São Pedro "Em Cena" foi emocionante. O burburinho já começou do lado de fora do Cine-Teatro São Pedro, onde uma fila de mais de 200 pessoas esperava ansiosa para entrar no teatro. A rockeira Ana Ska (de São Pedro) animava o hall do Shopping, onde se localiza o teatro, enquanto o público aguardava.

Movimentação no Cine Teatro foi intensa


Ao entrar, o público ocupou as quase 250 cadeiras do local, sendo que algumas extras foram colocadas, e já foi surpreendido com uma menina que dormia numa mesa em cima do palco, além de uma plataforma cheia de instrumentos.

Para abrir o evento, o convidado de honra da Mostra, o apresentador do Programa Vitrine (TV Cultura), Rodrigo Rodrigues, subiu ao palco para as primeiras considerações. Chamou ao palco o Secretário de Cultura, Rodrigo dos Santos. Rodrigo contou do seu entusiasmo, e pela visão fantástica de estar vendo a platéia lotada. “É um sinal de que eventos culturais dão certo em São Pedro. A prova está aqui”, afirmou ele.

Após, foi a vez de chamar Mariana Zinni, Secretária de Turismo de São Pedro, que elogiou a qualidade dos grupos, e a participação do público, que lotou o local. “Estamos felizes com o resultado, e isso mostra que a integração das duas cidades, São Pedro e Águas de São Pedro, só tem a dar certo”, comentou ela.

Público superou as expectativas da organização do evento

Rodrigo Rodrigues continuou a abertura agradecendo aos apoiadores, patrocinadores, e a todos que ajudaram para que a mostra acontecesse. E então, deu início ao espetáculo “João Pacífico, o Poeta do Sertão”.

Texto e fotos: Stevan Lekitsch

segunda-feira, 13 de julho de 2009

COLETIVA DE IMPRENSA TEVE DISCURSO ACALORADO DE ROBERTO VIGNATI

Vignati: "O teatro está saindo do interior para invadir a capital"

A Coletiva de Imprensa da 1ª Mostra de Teatro de São Pedro e Águas “Em Cena” teve participações e presenças importantes. Com a sala quase lotada, estiveram presentes representantes da UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba), da Gazeta de Piracicaba, da Folha de São Pedro, entre outras mídias.

Na mesa de convidados estavam: o Secretário de Cultura de São Pedro, Rodrigo dos Santos; o Secretário de Turismo de Águas de São Pedro, Arthur da Silva Neto; o Coordenador Artístico da Mostra, Barbosa Neto; e o apresentador do programa Vitrine (TV Cultura) e também Mestre de Cerimônias da Abertura da Mostra, Rodrigo Rodrigues.

Rodrigo dos Santos começou a Coletiva ressaltando o quanto o evento cresceu, desde sua primeira reunião, onde a intenção era apenas trazer algumas peças para os dois municípios, e acabou se tornando uma Mostra de uma semana, com mais de 20 peças, oficinas e palestras. “Foram 300 trabalhos inscritos, e passamos noites escolhendo os trabalhos participantes”, comentou Rodrigo.

Após foi a vez de Barbosa Neto, Coordenador Artístico e Consultor Técnico da Mostra, além de Diretor dos Grupos Cia. Pro-Cênica (participante da Mostra) e do Nutesp – Núcleo de Teatro de São Pedro (que também participa).

Neto comentou o empenho e a dedicação dos grupos, que, ao saberem da Mostra e das restrições de orçamento, esforçaram-se para poderem vir todos, trazendo seus melhores espetáculos, elenco e tudo o mais para apresentações grandiosas. “Alguns grupos vão ficar hospedados em casa de parentes, outros no Cine-Teatro, mas todos fizeram questão de se adequar as nossas condições para participarem da Mostra. Isso mostra a paixão pelo teatro”, elogiou ele.

Outra prova de paixão pelo teatro veio da comunidade de São Pedro. Nesta mesma segunda-feira (13) a maioria dos espetáculos já estava com os ingressos esgotados, sendo que as salas possuem 250 lugares de lotação.

Artur da Silva, Secretário de Turismo de Águas de São Pedro elogiou a iniciativa, e agradeceu pela oportunidade, que gerou muita mídia para as duas cidades, e trouxe cultura para o povo. “Poder proporcionar teatro para a população e turistas de Águas de São Pedro de forma gratuita, foi a melhor coisa que poderia acontecer para o município”, comentou ele entusiasmado. “Ainda mais nesse período de férias quando a cidade está lotada”.

A escolha da data foi proposital, pois assim aproveitariam os turistas e os estudantes que estão de férias escolares.

Rodrigo Rodrigues, apresentador do Programa Vitrine da TV Cultura, disse que a mostra era tão interativa e tão tecnológica que todos os contatos com a organização se deram pelo Orkut e pelo MSN. “Aceitei o convite prontamente para ser o padrinho da Mostra, pois ela tem tudo a ver com as propostas que eu gosto e apoio”, comentou ele.

Mariana Zinni, Secretária de Turismo de São Pedro ressaltou a importância das cidades terem se unido: “tanto os turistas de Águas podem vir para cá, quanto os moradores de São Pedro podem ir para lá. São apenas alguns kilômetros, mas a cultura rompeu essa distância e a fronteira entre os dois municípios”, reforçou Mariana.

Por fim, de forma entusiasmada, falou o Diretor Roberto Vignati, do Grupo de Cordeirópolis que vai fazer a primeira apresentação às 20 horas da peça “João Pacífico, o Poeta do Sertão”.
Vignati, nome consagrado no teatro brasileiro, com trabalhos também na televisão, elogiou a iniciativa, e disse que as cidades do interior estão agora fazendo o caminho inverso: “Estamos saindo de nossas casas, e invadindo a capital com nosso teatro. É o sinal de que a cultura está mudando sua mentalidade”, afirmou ele.

Como em todas as cidades pequenas, Vignati relembrou as dificuldades e dramas dos grupos interioranos, e que não foi diferente em Cordeirópolis. “Mas com muita insistência e perseverança montamos um grupo, que tem mais de 3 anos, com pessoas da cidade, algumas que nunca tinham subido num palco. Já montamos 3 peças grandiosas, e estamos seguindo para a quarta”, comemorou ele. “E ganhamos um teatro municipal que se tornou cartão postal da cidade”.

A coletiva se encerrou com um agradecimento geral, e os ânimos exaltados para a sessão que vai acontecer daqui a pouco, e que conta a vida e a obra de João Pacífico.

Texto e fotos: Stevan Lekitsch

HOMENAGEM AO POETA JOÃO PACÍFICO INAUGURA MOSTRA DE TEATRO DE SÃO PEDRO E ÁGUAS

"Joao Pacífico, o Poeta do Sertão" terá a honra de abrir a Mostra

A 1ª Mostra de Teatro São Pedro e Águas de São Pedro “Em Cena” terá o início de suas atividades na segunda-feira dia 13 de julho.

Antes da abertura oficial, será realizada uma Coletiva de Imprensa sobre todos os acontecimentos que cercam as expectativas para o início da Mostra de Teatro, às 16h00 no Museu Gustavo Teixeira, em São Pedro (SP).

Os convocados para compor a mesa dos que concederão entrevista são: o Secretário de Cultura de São Pedro, Rodrigo dos Santos; a Secretária de Turismo de São Pedro, Mariana Zinni; o Coordenador Artístico da Mostra, Barbosa Neto; o apresentador do programa Vitrine (TV Cultura) e também Mestre de Cerimônias da Abertura da Mostra, Rodrigo Rodrigues; e integrantes do Grupo de Teatro Pingo D’Água, o primeiro grupo a se apresentar na Mostra.

Na chegada para a coletiva, os jornalistas credenciados receberão um Press Kit que contém: uma camiseta da Mostra, folder com a programação, cartaz da Mostra, uma toalha de mão bordada em ponto cruz (especialidade de São Pedro), um pote de mel (também cultivado em São Pedro), um exemplar do livro do Poeta Gustavo Teixeira (nascido em São Pedro), um exemplar do livro São Pedro – Educação, Cultura e Turismo, um CD com as fotos e releases sobre cada grupo da Mostra, além de folhetos sobre as cidades de São Pedro e Águas de São Pedro.

Após a Coletiva de Imprensa, haverá um Coffee Break para os jornalistas, antes que se dirijam ao Cine-Teatro São Pedro para a apresentação da primeira peça da Mostra.
O responsável pela cerimônia de Abertura será o apresentador do programa Vitrine, da TV Cultura, Rodrigo Rodrigues.

O primeiro dos grupos a entrar literalmente “Em Cena” é o Grupo de Teatro Pingo D’Água, da cidade de Cordeirópolis (SP). Com a peça “João Pacífico, o Poeta do Sertão”, o elenco presta uma homenagem aos cinqüenta anos da morte do poeta.

Em agosto de 2009 o Brasil comemora o centenário de nascimento do poeta, e o grupo não poderia deixar de prestar uma homenagem àquele que foi a grande inspiração para o ponto de partida de sua formação.

Pontuado por 28 músicas tocadas e cantadas ao vivo, o espetáculo dirigido por Roberto Vignati conta um pouco da história inspiradora de uma das figuras mais cativantes da Música Popular Brasileira, que ficou conhecida como o “Noel Rosa da música caipira” ou o “Tom Jobim da música sertaneja”.

O grande desafio que o grupo tenta vencer com o espetáculo, num tempo em que o prazer proporcionado pela beleza poética foi substituído pelo entusiasmo ante a obscenidade das letras e pela complacência com o empobrecimento da língua, é despertar, em todos os corações, a redescoberta do delicado, o renascimento da sensibilidade, o retumbar provocado pelo arrebatamento da poesia.

O Grupo

O Grupo de Teatro Pingo D’Água, da cidade de Cordeirópolis (SP), surgiu em 2005 após o término da oficina teatral oferecida pelo renomado Diretor Roberto Vignati. Como resultado do movimento iniciado pelo grupo, foi criada a “Casa de Cultura João Pacífico” pela iniciativa privada. Para a peça “João Pacífico, o Poeta do Sertão”, fazem parte do elenco 25 atores e 3 músicos.

A formação do grupo impulsionou também a restauração de um antigo prédio abandonado da estação ferroviária (a construção inglesa do final do século XIX foi transformada no Teatro Municipal de Cordeirópolis) e resgatou as atividades artísticas da cidade, abandonadas há mais de 50 anos, tornando-a referência de desenvolvimento cultural em toda a região do interior de São Paulo.

Ao todo, foram mais de 70 apresentações em 14 cidades, recebendo um total de 25 prêmios em diversos festivais de teatro, e vencendo ainda o Mapa Cultural Paulista, edição 2007/2008, tendo concorrido com 101 espetáculos de todo o Estado.
Texto: Leonardo Moniz/Foto: Divulgação

IMPRENSA OFICIAL PARTICIPA COM VENDA DE LIVROS NA 1ª MOSTRA DE TEATRO DE SÃO PEDRO E ÁGUAS EM CENA

Entre tantas novidades e diferenciais da 1ª Mostra de Teatro de São Pedro e Águas “Em Cena” haverá mais um: a Imprensa Oficial, através da Secretaria de Cultura de São Pedro enviou mais de 100 exemplares da sua Coleção sobre Teatro Aplauso, que é especializada em publicar perfis de atores e atrizes e de grupos de teatro.

A Coleção Aplauso traz livros de altíssima qualidade, com biografias dos atores e atrizes, assim como história de grupos de teatro que fizeram história na vida teatral do nosso país. A coleção traz nomes como Paulo José, Raul Cortez, Sérgio Cardoso, Ivam Cabral, Gianfrancesco Guarnieri, e de grupos como TBC, Os Sátyros, entre outros.

A Imprensa Oficial traz também o livro Censura em Cena, de Maria Cristina Costa. Este livro discorre sobre a censura, algo que sempre existiu, porém que ficou muito mais evidente e furiosa após o golpe de 1964. O livro mostra que ainda hoje temos censura, porém no seu terceiro momento - um pragmatismo sem consciência ideológica.

Os livros estarão sendo vendidos durante a Mostra, com preços que variam de 15 até 65 reais, e estarão disponíveis em todos os dias que durar a Mostra.

A Coleção

A Coleção Aplauso, editada pela Imprensa Oficial de São Paulo, atualmente é composta por 101 títulos, e tem como coordenador da coleção, o cineasta e crítico de cinema Rubens Ewald Filho.

Já colocou nas livrarias dezenas de biografias, ou perfis, de artistas de teatro, cinema e televisão. Publicados em pequeno formato, com pouco mais de 200 páginas, letras graúdas, muitas fotos, de leitura rápida e saborosa, trazem depoimentos quase sempre em primeira pessoa, escritos a partir de entrevistas concedidas à jornalistas, artistas ou historiadores.

Leva ao grande público depoimentos biográficos e testemunhos de nossa produção artística a preços populares contribuindo, com sucesso, para a preservação da memória do nosso patrimônio artístico e cultural.

À primeira vista, podem parecer apenas curiosos ou, para o olhar mais atento, importante registro de memória. Porém, acabam por revelar a dimensão histórica do teatro brasileiro e tem valor ímpar.
Texto: Stevan Lekitsch/Foto: Divulgação

COMEÇA HOJE!

Começa hoje a 1ª Mostra de Teatro de São Pedro e Águas de São Pedro "Em Cena", que trará uma programação intensa! O Grupo Pingo D´Água, de Cordeirópolis (SP), já está a caminho de São Pedro, assim como o apresentador do programa Vitrine, Rodrigo Rodrigues! Acompanhe as atualizações neste blog a cada minuto!
Edição: Leonardo Moniz

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Em Cartaz

Edição: Leonardo Moniz/Fonte: Máquina de Comunicação