segunda-feira, 27 de julho de 2009

GRUPO PAULISTA DE TEATRO DE RUA TROUXE COMÉDIA FRANCESA PARA ALEGRAR ÁGUAS

Público compareceu e aprovou comédia da Cia. Buraco d'Oráculo

A tarde do sábado (18) foi de comédia numa das plataformas da Avenida Carlos Mauro em Águas de São Pedro (SP). Fechando um dos acessos da avenida, o palco ficou por conta de cadeiras dispostas na rua, e por uma série de banners de tecido coloridos que o grupo espalhou pela plataforma.

Era o Buraco d´Oráculo que trouxe a peça “A Farsa do Bom Enganador”. Com instrumentos de banda, figurinos engraçados e maquiagem branca, o grupo começou andando pela rua e tocando músicas, para chamar a atenção do público.

Depois se posicionou no palco definido, e começou a contar a história, cheia de trocas de figurinos, músicas, no melhor estilo do teatro de rua e do exagero.

A peça é uma sátira a duas classes em ascensão na França do século XV, a dos comerciantes e a dos magistrados e narra a história do Doutor Calafanje um advogado empobrecido, mestre na arte de enganar, que, com a ajuda de sua esposa, Dona Nuculosa, consegue ludibriar um feirante, Senhor Salabaeto, surrupiando-lhe uma peça de tecido.

Cia. Buraco d’Oráculo

Criado em 1998, o Buraco d’Oráculo veio com o intuito de criar uma discussão sobre o homem contemporâneo e seus problemas. Este é o motivo pela opção feita ao teatro de rua, o que na visão do grupo é o modo mais efetivo de compartilhar com o público reflexões e afetividade.

O trabalho do grupo é calcado em três pontos fundamentais. Primeiro, a rua, como espaço para promover o encontro direto com o publico. Depois, visualizar a cultura popular como fonte geradora de inspiração e motivação. O terceiro ponto é a comicidade.

Os espetáculos do grupo são protagonizados por estereótipos que estão à margem da sociedade, como charlatões, vendedores ambulantes, pedintes, entre outros. Desde sua formação até o presente momento, o grupo paulistano montou sete espetáculos, e todos buscam manter essas propostas, marcas registradas da “Cia. Buraco d’Oráculo”.
Texto: Stevan Lekitsch / Foto: Elizabeth Aranha

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